Desembargador Luciano Guimarães fala sobre a importância do jovem para Justiça Eleitoral
Focado em divulgar ao máximo a Semana do Alistamento Eleitoral, o desembargador eleitoral Luciano Guimarães Mata, do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), falou em diversos meios de comunicação alagoanos sobre a importância dos jovens para o fortalecimento da democracia e para a construção de um país melhor, mais digno e menos corrupto.
Em entrevista concedida aos jornalistas da TV Gazeta, no programa Bom Dia Alagoas, o desembargador deixa claro que a juventude brasileira, em especial a alagoana, precisa se motivar mais e utilizar a tecnologia e as redes sociais para buscar caminhos que levem a uma cidadania melhor.
“Não tem como o exercício da cidadania não passar pelo voto. Ela começa no voto e, ao contrário do que muitos pensam, não acaba no voto. Votar é apenas o primeiro passo de um processo muito mais amplo. Depois vem a fiscalização e a cobrança, coisas que nós, brasileiros, infelizmente ainda não fazemos”, lamentou Luciano Mata.
Questionado sobre o momento ideal para levar às crianças ensinamentos básicos sobre cidadania, eleições, civismo e outros assuntos diretamente ligados ao processo eleitoral, Luciano Guimarães revelou já haver um movimento encabeçado pelas Escolas Judiciárias Eleitorais de todo o Brasil para que o Ministério da Educação elabore um grande projeto educacional, com a retomada de ensinamentos sobre os problemas brasileiros em disciplinas que também abordem conceitos básicos de cidadania desde o Ensino Fundamental.
“Não se transforma ninguém em um cidadão consciente na idade adulta. Esses ensinamentos precisam vir da base, da infância, sendo aprimorados na adolescência”, completou o desembargador eleitoral. Ainda de acordo com ele, os jovens compõem quase 40% do universo votante brasileiro, e por isso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os demais Tribunais Regionais Eleitorais brasileiros estão focados em campanhas que fomentem o alistamento eleitoral dos adolescentes.
Diminuição dos jovens envolvidos no processo eleitoral
Sobre o aumento crescente na diminuição de jovens que participam ativamente do processo eleitoral, Luciano Guimarães é enfático em afirmar que isto é um reflexo da recente instabilidade política e da ausência de propostas concretas, independente da bandeira partidária, para melhorar o Brasil.
“Aqueles em quem depositamos as nossas esperanças para o futuro estão abrindo mão disso agora, quando estão começando a vida. Na verdade, falta um projeto maior para o Brasil e os jovens percebem isso, por serem muito inteligente e 'antenados', detendo em si todos os sonhos e toda a vontade de fazer bem feito hoje, agora”, declarou.
Em suas entrevistas, o desembargador eleitoral ainda destacou o esforço do TRE/AL em levar as palestras às escolas públicas e particulares de Maceió, através da Escola Judiciária Eleitoral. Somente esta semana, cinco instituições de ensino serão beneficiadas com as palestras da Justiça Eleitoral, sendo quatro delas públicas e uma privada.
“A sociedade precisa ensinar com os exemplos”
O desembargador Luciano Guimarães falou, ainda, do grande interesse da juventude alagoana em saber mais sobre a Justiça Eleitoral e sobre todo o processo democrático onde são escolhidos os representantes públicos. Segundo ele, as escolas abrigam uma massa crítica com muita vontade de participar, de ser ativa e colaborar, só que não são devidamente motivadas pelas agremiações políticas.
“O nível de interesse dos jovens durante as palestras é de arrepiar. Todos demonstram muita vontade em participar, mas acabam desistindo por não haver empolgação. É preciso que, na vida, a coerência venha com exemplos e é isso que o jovem busca. Se preocupa com a corrupção, com a compra de votos, com a eleição de alguém que não apresenta um programa de governo e é isso que os partidos políticos precisam fazer: abrir os olhos para a juventude”, destacou.
Finalizando a entrevista, o desembargador eleitoral clamou para que os jovens “venham participar disso que ficou convencionado como uma grande festa democrática, que é a Eleição. Mas não podemos resumir o crescimento de um país do tamanho do Brasil simplesmente ao ato de chegar à sessão eleitoral e digitar seu voto na urna eletrônica. Voto não é um cheque em branco e é preciso que o eleitor continue fiscalizando, especialmente essa força crítica e vigilante que tem que vir da juventude”.
(FGB)