No dia internacional das pessoas com deficiência, o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas relembra que este ano foi lançado o projeto “Seção +Q Inclusiva”, que permitiu que eleitores portadores de deficiência prestassem serviços à Justiça Eleitoral no dia da eleição. Em uma iniciativa pioneira, a Escola Patinho Feio, no bairro da Ponta Verde em Maceió, foi o primeiro local de votação onde todas as três seções eleitorais funcionaram com mesários portadores de deficiências.

Ao todo, 63 pessoas com deficiência atuaram nas mesas receptoras de votos nas eleições deste ano. O presidente do TRE/AL, desembargador Klever Loureiro, pontuou que o projeto surgiu a partir de audiências públicas voltadas às pessoas com deficiências, conhecendo assim os anseios e necessidades destes eleitores. Outra novidade foi a Central de Atendimento ao Eleitor Surdo que esteve disponível durante todo o dia de votação. “Nós decidimos dar toda a visibilidade que estas pessoas precisam, e muitas são invisibilizadas no comandando das mesas receptoras de votos”, falou o presidente.

“Acessibilidade e Inclusão em Ação”

Outra iniciativa do TRE/AL, também voltada para os eleitores com deficiência, foi o projeto “Acessibilidade e Inclusão em Ação” cujo objetivo foi conscientizá-los sobre a importância do voto, bem como informar sobre os mecanismos de acessibilidade disponíveis nas urnas eletrônicas, assegurando o exercício pleno da cidadania.

O projeto de iniciativa da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (CPAI) e da Assessoria de Acessibilidade e Relações Institucionais (AARI) do Tribunal esteve no Centro Estadual Educacional Cyro Accioly, especializado para pessoas com deficiência visual, permitindo que eles tivessem acesso a urna eletrônica, garantindo assim o pleno exercício da cidadania, independentemente de suas condições físicas e sensoriais.

“Com esse projeto, vamos percorrer diversos municípios alagoanos e instituições para informar eleitores com deficiência sobre o papel do voto na democracia e sua relevância, através de oficinas e palestras, além da produção de conteúdo informativo e educativo”, explicou o desembargador eleitoral Guilherme Yendo, presidente da CPAI do TRE/AL.

Em Alagoas, até maio, 19.124 eleitores e eleitoras se declaram portadores de deficiências declarados no cadastro eleitoral.

Inclusão e oportunidade

Ainda seguindo o norte da construção de um mundo mais inclusivo e igualitário, o TRE/AL também foi pioneiro ao incluir em seu quadro a primeira estagiária com Síndrome de Down da Justiça Eleitoral.

Ana Clara Ardison, a Clarinha, integra a equipe de Assessoria de Comunicação e Cerimonial (ACSC) do Tribunal, atuando na produção de conteúdo para as redes sociais. Nas palavras de Flávia Gomes de Barros, supervisora da Clarinha, ao recebê-la neste espaço não só ensinamos sobre ofício da comunicação, mas aprendemos diariamente sobre sua capacidade e olhar sob o mundo. “Queremos que ela aprenda, ensine, contribua e seja, de coração, ‘a cara’ do tribunal nas campanhas de inclusão e diversidade”, destaca Flávia.