Selo vai identificar tribunais que asseguram direitos de pessoas idosas

Selo vai identificar tribunais que asseguram direitos de pessoas idosas

Selo vai identificar tribunais que asseguram direitos de pessoas idosas

Tribunais que desenvolvem ações efetivas para assegurar a prioridade de atendimento e o respeito aos direitos da pessoa idosa serão reconhecidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) com o Selo Tribunal Amigo da Pessoa Idosa. A identificação será dada aos órgãos da Justiça que demonstrem o alinhamento de suas atividades com a Constituição Federal e o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei n. 10.741/2003). 

Leia a portaria que instituiu o Selo Tribunal Amigo da Pessoa Idosa 

Os tribunais interessados deverão demonstrar ações que cumpram cinco requisitos. Um deles é a garantia de julgamento prioritário de processos judiciais envolvendo pessoas com 60 anos ou mais, observada a prioridade especial das pessoas com 80 anos ou mais.  

Outra exigência diz respeito a implementação de programas de capacitação contínua para magistrados e magistradas, servidores e servidoras, colaboradores e colaboradoras. Esses treinamentos devem ampliar a consciência e qualificação para o atendimento de questões relacionadas ao envelhecimento, situações de vulnerabilidades de pessoas idosas, à discriminação baseada na idade e à defesa de seus direitos.  

Será avaliada também a implementação de oficinas ou outras ações educacionais, nos moldes da Recomendação CNJ n. 50/2014, voltada para o uso da conciliação para a solução de conflitos. Serão consideradas iniciativas realizadas na fase pré-processual e na fase processual, de forma a sensibilizar as partes sobre a importância da atuação conjunta da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público nos conflitos que envolvam pessoas idosas. 

A quarta premissa se refere a criação do comitê multinível, multissetorial e interinstitucional, com foco na promoção de políticas públicas judiciais de atenção a pessoas idosas, em colaboração com os demais parceiros da rede de proteção e defesa.  

Por fim, será levada em consideração a adoção de boas práticas de governança sobre o tema, com a criação de comissões ou núcleos específicos para tratar do assunto no âmbito dos tribunais. 

“Instituir esse selo, que estava previsto na resolução da Política Judiciária sobre Pessoas Idosas e suas Interseccionalidades, certamente será um grande incentivo para a implementação dessa política pelos tribunais de todo o Brasil”, disse o coordenador do Comitê de Pessoas Idosas, conselheiro Pablo Coutinho Barreto, no lançamento do selo durante a 16.ª Sessão Ordinária de 2024 do CNJ.  

Na ocasião, marcada pelo anúncio de ações da Justiça em prol dos direitos humanos, em homenagem ao Dia Internacional dos Direitos Humanos (10/12), o conselheiro informou que a avaliação dos tribunais para a concessão do Selo Tribunal Amigo da Pessoa Idosa será realizada por uma Comissão Julgadora e terá a validade de dois anos. 

Texto: Thays Rosário 
Edição: Sarah Barros
Agência CNJ de Notícias

FOTO: Rômulo Serpa/Ag. CNJ

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