Dia da Consciência Negra: os desafios que reforçam a importância do combate ao racismo
Dia da Consciência Negra: os desafios que reforçam a importância do combate ao racismo
No Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é essencial refletir sobre os desafios enfrentados pela população negra no Brasil e reforçar a importância da luta contra o racismo. Dados reveladores mostram desigualdades persistentes em áreas como política, saúde, mercado de trabalho, violência e educação, destacando a urgência de ações antirracistas.
Na política: A representatividade ainda é limitada. Entre os candidatos a prefeito com receita de campanha acima de R$ 1 milhão, 67,5% são brancos, enquanto apenas 25,7% são pardos e 6,8% são pretos.
Na saúde: A desigualdade também é evidente. Pessoas pretas e pardas enfrentam maiores dificuldades no acesso a atendimentos de saúde, com 63,99% relatando demandas não atendidas, em contraste com 31,45% dos brancos.
No mercado de trabalho: A taxa de subutilização é maior entre pretos (32%) e pardos (31,4%) em relação aos brancos (22,5%). Além disso, apenas 29,5% dos cargos de gerência são ocupados por pretos ou pardos, enquanto 69% são ocupados por brancos.
Na violência: Dados alarmantes revelam que 34,1% das vítimas de homicídios são pardos, 21,9% pretos e 11,5% brancos. Isso expõe a maior vulnerabilidade da população negra à violência.
Na educação: A taxa de analfabetismo entre pretos e pardos é de 7,1%, mais que o dobro da registrada entre brancos (3,2%). Crianças e adolescentes negros (5 a 17 anos) também representam 65,8% das vítimas de trabalho infantil, enquanto as brancas somam 34,2%.
Esses números evidenciam que o racismo estrutural ainda permeia diferentes esferas da sociedade brasileira, exigindo políticas públicas e ações coletivas para reverter esse cenário. Neste Novembro Negro, a reflexão e o compromisso com a igualdade racial devem ser ampliados, reafirmando a luta por um país mais justo e inclusivo para todos.