TRE/AL promove roda de conversa sobre cidadania e direitos de pessoas trans e travestis
TRE/AL promove roda de conversa sobre cidadania e direitos de pessoas trans e travestis
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O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) realizou, na sexta-feira, 21, a primeira roda de conversa do órgão para debater os direitos e cidadanias das pessoas trans e travestis. O evento contou com a participação de representantes destas comunidades, que compartilharam as suas vivências e trouxeram reflexões sobre como as instituições públicas devem construir políticas públicas de acolhimento e inclusão.
A assessora de Comunicação Social e Cerimonial do TRE/AL, Flávia Gomes de Barros, pontua que este é o primeiro evento promovido pela Justiça Eleitoral para debater sobre os direitos e cidadania das pessoas trans e travestis. “Este evento foi pensado pelas Comissões de Enfrentamento e Prevenção ao Assédio e, para nós, é sempre um grande desafio trazer estas temáticas para dentro do Judiciário”, disse.
O desembargador eleitoral Milton Ferreira, presidente da Comissão do 2º Grau, destacou que o avanço nestes diálogos é um trabalho de formiguinha que vem sendo construído ao longo do tempo. “É simbólico e gratificantes estarmos aqui no auditório do Pleno do TRE, discutindo e ouvindo pessoas trans e travestis dentro de um espaço de poder, Isso é muito importante porque, ainda de que forma sub representada, essas pessoas estão aqui. Esse trabalho de ampliação é lento e gradual, mas também passa por esses diálogos”.
Fausto Magno Alves, juiz auxiliar da Corregedoria e presidente da Comissão de 1º Grau,, pontuou que o debate é ferramenta fundamental para propagar a informação e, com isso, a capacidade de entendimento se amplia. “Quanto mais a informação é difundida, maior o conhecimento da sociedade e menor o preconceito”.
Os relatos foram variados, mas a principal mensagem é que hoje as pessoas trans e travestis pertencem ao mesmo grupo e não existe mais a diferença. “Ainda há essa dúvida na sociedade, mas hoje não nos separamos mais, somos todos do mesmo grupo e vulnerabilizados da mesma forma”, falou Diana Maria, primeira jornalista trans formada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).