Janeiro Branco: TRE/AL debate depressão e ansiedade com seus servidores
Janeiro Branco: TRE/AL debate depressão e ansiedade com seus servidores
O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL) promoveu, nesta sexta-feira (31), uma roda de conversa sobre ansiedade e depressão, com os servidores: Itamar Barreto, psicólogo clínico, e Pablo Ibanez, filósofo e psicanalista. A ação integrou a campanha Janeiro Branco: Saúde Mental Importa, do Programa Mais Qualidade de Vida em parceria com a Assessoria de Comunicação e Cerimonial (ACSC).
Maurício Omena, diretor-geral do TRE, destacou a importância deste tipo de evento. “Quem cuida da saúde mental investe em qualidade de vida. Ficamos muito felizes em ver que o Tribunal tem tido um olhar para este assunto que impacta diretamente na qualidade do nosso trabalho”, disse.
A conversa começou com a fala de Itamar pontuando a popularização do termo deprimido, que pode ser atribuído à tristeza profunda pela perda de algo importante na vida daquela pessoa. No entanto, para identificar a depressão, existem outros sentimentos que são observados pelos psiquiatras, como irritabilidade, medo, agressividade e perda de interesse pelas atividades cotidianas.
Pablo Ibanez contextualiza que atualmente o indivíduo se frustra porque não consegue realizar aquilo para que ele é incitado, ou seja, não atingir um modelo que é proposto. “Esse modelo é uma miragem, é algo inalcançável. Nós somos estimulados a todo tempo a satisfazer esses ideais, que é consumir tudo de forma desenfreada, gerando um esgotamento e um vazio, que são aspectos da depressão”.
Neste contexto, também vem a ansiedade, que é o medo de perder ou não conseguir realizar os próprios objetivos. “Nós estamos num momento social em que a perfeição é cobrada a todo momento e isso gera ansiedade e a depressão”.
Para ele, não existe uma solução mágica: a sociedade que vivemos não vai mudar e nós temos que pensar sobre onde estamos e como lidamos com essa realidade e o que se pode fazer diante disto. “O que faço para lidar com essa realidade sem que eu adoeça? Esta é a questão”, finaliza o psicanalista.