Programa Justiça 4.0 capacitou 9 mil pessoas em 2024
Programa Justiça 4.0 capacitou 9 mil pessoas em 2024
Ao longo de 2024, o Programa Justiça 4.0 capacitou 9.002 pessoas em 35 formações que visam à transformação digital do Poder Judiciário. O número de participantes formados representa um aumento de mais de 110% em comparação com 2023.
Disponíveis para servidoras e servidores, magistradas e magistrados, estudantes e público em geral, os treinamentos buscaram desenvolver competências em áreas como inteligência artificial (IA), linguagem de programação, gestão de projetos e análise de dados. Os cursos também incluíram capacitações para o uso de soluções tecnológicas desenvolvidas no âmbito do Justiça 4.0, como o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP 3.0), o Domicílio Judicial Eletrônico, o Sistema Nacional de Gestão de Bens (SNGB) e o Sistema Nacional de Investigação Patrimonial e Recuperação de Ativos (Sniper).
O Justiça 4.0 é fruto de parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e conta com apoio do Conselho da Justiça Federal (CJF), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST), do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Para Alexandre Libonati Abreu, juiz auxiliar da Presidência do CNJ, as formações de 2024 reforçam o papel estratégico do programa em promover a modernização da Justiça brasileira.
“O grande número de participantes nas capacitações evidencia a transformação digital do Judiciário, que tem investido em ferramentas modernas para aproximar o sistema judicial das demandas da sociedade. O CEAJud [Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Servidores do Poder Judiciário] tem um papel fundamental nesse processo, pois, além de oferecer essas capacitações em sua plataforma educacional, permite o compartilhamento e a replicação dos cursos a diversos tribunais de todo o país”, diz.
Recorde de cursos
Em 2024, o programa lançou 16 capacitações, sendo 14 autoinstrucionais e 3 síncronas, com 265 horas de conteúdo. Esse foi o maior número de cursos novos lançados em um ano. Desde 2022, já foram disponibilizados 46 cursos, com mais de 16 mil pessoas capacitadas.
As capacitações oferecidas pelo programa estão disponíveis na plataforma de aprendizado do CNJ para toda a sociedade.
Capacitações mais procuradas
A capacitação voltada ao BNMP 3.0 alcançou número recorde de participantes, 15.269, representando 40% das matrículas realizadas em todos os cursos ofertados no ano. As formações em Introdução à Inteligência Artificial (IA), Anotação de Dados e SNGB também tiveram bastante procura e concluíram o ano com 1.789 pessoas formadas.
Já na modalidade síncrona, 634 participantes foram certificados nos três cursos ofertados: Java Avançado, Testes Automatizados e Angular.
Adesão de tribunais
Das pessoas matriculadas nos cursos síncronos e autoinstrucionais do Justiça 4.0, 65% são profissionais do Poder Judiciário, com a Justiça Estadual concentrando 81% desses participantes.
As cortes que mais aderiram às capacitações foram o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), seguido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Das 32 capacitações autoinstrucionais ofertadas em 2024, 12 integram as Estratégias de Capacitação dos Tribunais, iniciativa vinculada ao 1º Ciclo de visitas do Justiça 4.0 aos tribunais. Essas estratégias sugerem que os tribunais participantes estabeleçam metas de capacitação, definindo um número específico de servidores, servidoras, magistradas e magistrados para se qualificarem em cursos que apoiam o desenvolvimento ou a utilização das ferramentas do Programa Justiça 4.0. Essas capacitações foram responsáveis por 58% das matrículas realizadas no ano, com destaque para os cursos sobre BNMP 3.0, Domicílio Judicial Eletrônico e SNGB.
Para 2025, estão previstos 15 cursos de formação em linguagem de programação, ciência de dados e outras soluções do Justiça 4.0. Também é esperada uma ampliação no número de capacitações e de pessoas formadas, bem como uma maior proximidade com os tribunais e apoio às capacitações desenvolvidas.
Texto: Danielle Pereira
Edição: Ana Terra
Agência CNJ de Notícias